segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ausencia de mim.

E como falar de você? Como se dizer em gestos , palavras, olhares... Desabar em sua total complexidade, é tão belo e tão severo. Dramático. Não que seja o certo, mas talvez seja a unica certeza que tenha.Quando em meio as reviravoltas da vida, o mundo se desmembra, talvez o seu eu, só se permita existir. Talvez ele só queira sentir a fé que você oprime, por não acreditar na sua existência. Em que acreditar em um mundo que não se apalpe, se sinta, se prenda. Prender, doer, morder, vontade. Talvez seja exato, ou credo. Quero tanto sincero, inverso, imponente. Mas me diga o que falar de você? Do mundo temos explicações convicentes, inacabadas, mas presentes. Mas e você? Em que tempo está, em que cor se ve, sabe se escrever ou descrever. Se diga em uma palavra se quer. Não sei. Sabes do mundo e não de você, porque? Aprendi a vida, não como se viver, dizer é tão mistério, quanto perceber. Suas palavra completam as minhas, talvez você em mim. Talvez, eu seja sua vida, e você a ausência da minha.


Eu quero blefar e dizer sem margens concretas as palavras que tocaram o que sou, na realidade como estou. Estou ausente, determinação insistente. Me prendendo somente ao forte, que no qual não me prende a Ele, Deus sabe de mim e eu tão pouco Dele. Me percebo fragil ao mencionar o quanto inexperiente sou, em tudo. Mas em minha pequena virtude, irredutivel fé.

Deus sabe o que faz.

G.F