sexta-feira, 16 de maio de 2014

Esse é o patrimônio da nossa história.



Você sai 16 ou 17 ou 18 ou 19 ou 20 horas do seu trabalho, do seu trabalho que não é perto de onde você mora, do seu trabalho que tem 8 horas diárias, do seu trabalho de cinco dias da semana, ou talvez mais, e pensa : "Que dia! Quero chegar em casa logo, me jogar na minha cama e descansar" ou "Uma parte cumprida, agora faltar dar uma revisada naquela apresentação da faculdade, comprar as coisas no mercado, receber as visitas em casa..." entre outras coisas que você desejaria fazer após mais um dia no batente. Se vai de carro, não está bom. Se vai de ônibus, (Espera! Você conseguiu ir de ônibus essa semana? Caramba hein? Parabéns!) não está bom. Se você vai de trem e de metrô, n-ã-o e-s-t-á b-o-m. Daí, você, dentro das suas condições, vai mesmo assim com qualquer um deles, afinal você precisa chegar lá e voltar de lá. O tempo está sempre confrontando com os nossos objetivos, mas a culpa não é de um tudo dele, né? A culpa não é do tempo, por você chegar na plataforma para esperar, veja bem, ESPERAR, o trem ou o metrô e encontrar milhares de pessoas, que precisam tanto quanto você deles, ter de esperar uma hora ou duas horas pra conseguir entrar, naquele espacinho minúsculo que só cabe um pé, porque conforto é um luxo que não se pode ter. Quando não brincam de "pique e pega" com os passageiros de "qual trem sairá primeiro, quem vai e quem fica", ou "vamos poupar os carros da linha 2, porque QUASE ninguém pega o pavuna", "ônibus? Quase uma Mercedes mesmo, difícil de se ter." Soma mais duas horas pra chegar e por aí vai. Mas é claro que a culpa é da catraca livre, de quem mais havia de ser? Por favor, é pra aplaudir de pé essa sacanagem toda!Mais um espetáculo do Brasil, estamos de olho!
By G.F.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

In finito.

Em meio a distância de um tempo longo, médio ou curto me veio a sensação de que estamos a um passo de sermos mais nós mesmos do que pensamos. É um pouco estranho se ilimitar desse jeito e viver de um momento acreditando que seja eterno, assim, em um flash de luz. Tudo se vai, alguns desse" tudo" se vão mesmo e você insiste em não deixa-lo ir, mesmo sabendo que não terá volta. Se a insegurança fosse tudo, seria um grande fim dos tempos, FIM. Acabou. Você seria o seu maior drama e lamentaria e teria dó e acharia que teria uma vitima, você. O quanto se vai não deve importa tanto quanto o que se vem, não é pra substituir, mas não é irreparável ao ponto de achar que sim. Se for mesmo o que deveria ser as palavras, os gestos "vem" sem você perceber, os olhares, os sorrisos, acumulam sem você esperar, os amigos, os amores, brotam sem nos darmos conta, eles simplesmente acontecem e não são eternos, mas são fundamentais, são alimento pra algo que esteja faminto em nós, seria crucial querer mante-lo pra sempre, seria até mesmo egoísta querê-lo assim, você não pode ser o único a ter o que nem mesmo é seu, o único que se tem ao mesmo tempo que se dá é o tempo que se leva pra perceber o quanto devemos ir do que vir. 

E se seguir em frente for muito, tanto que não saiba parar? Aí, aí já foi o tempo de olhar pra trás pra se dar conta, você somente é mais do que já foi.


Voltar? 
Não. Só esbarrando com o acaso mesmo.


G.F.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Você"s"

"Tudo completo. Tudo certo. A vida proporciona diversos trechos assim, coerentes, cativos, tranquilizadores.  O surto de nossos corações nos abalam tanto que por deixar de sermos brandos, seguimos insanos. Pensar, pensar, pensar, penar. Não me nego diante da redenção, mas me descontrolo até alcança la, se torna imenso o espaço entre todas as coisas até que elas façam sentido entre si, levando os sentidos a mim."

A cada segundo de infinitos pensamentos, carrego a ideia de que não penso sozinha. É claro, penso por mim, guio por mim, vivo por mim, mas não se faz exatamente tudo na primeira pessoa, mesmo que a intenção seja essa. Você pensa duas vezes, e  na segunda, já não seria mais você. NÃO SERIA? Quem seria então? Os pensamentos em um todo jamais são iguais por mais  das intenções de que sejam, eles mudam em um todo surpreendente, ele vibra mutavelmente, virando suas extremidades ao avesso, pelo simples fato de querer mostrar, que você não é o único dentro de você, que existem milhoes em si. OK(!!) Sou louca, e inegavelmente agradecida por isso. Você sempre será mais do que você é, não importa o que pensa, não importa. Você só é feliz, só é forte, só é o que é, porque você não está só em si e mesmo que em determinada situação tudo se unifique, tenha a certeza de que em dado momento, você se tornou um só.



G.F.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Lembranças da infância, heranças de papai, palavras de Vinicius

Praia, livros, nostalgia. E assim se fez meu dia.

 Como um piscar a vida passa por nós e num piscar mais lento ela volta em alguns instantes. Recordei maravilhada o que minha infância querida era proporcionável a mim, entre leituras e poemas, o mais querido de todos era o "livro do amor", era amarelado, com folhas pregadas e quase soltas, sem capa e sem titulo, ainda sim, eu o amava, livros assim nunca são dados, eles são herdados. Herdados de histórias, sentimentos, pensamento e vida. E que honra a minha de herda, tão nova, um dos maiores encalços da poesia. Recordações. Uma das melhores classificações do hereditário, meu pai além de um bom conhecedor de bossa, também um bom conhecedor de poesias, além de ler as mais bonitas, compunha igualmente, fielmente em livros, o que as tornava ainda mais vivas. Sua juventude era brilhante e seu reflexo hoje ainda espelha seu ar juvenil a quem o encontra. Em meio as fases de ciclo, me perdi. Perdi meus queridos, perdi meus refugios, perdi minha licita e vigorosa aura embrasada do livro, até então, te encontrar novamente, Vinicius.


"A medida do abismo

Não é o grito 
A medida do abismo? 
Por isso eu grito 
Sempre que cismo 
Sobre tua vida 
Tão louca e errada... 
- Que grito inútil! 
- Que imenso nada! "


"O mosquito
Parece mentira 
De tão esquisito: 
Mas sobre o papel 
O feio mosquito 
Fez sombra de lira!"

" Poética ( II ) 

Com as lágrimas do tempo
E a cal do meu dia
Eu fiz o cimento
Da minha poesia. 

E na perspectiva
Da vida futura
Ergui em carne viva
Sua arquitetura. 

Não sei bem se é casa
Se é torre ou se é templo:
(Um templo sem Deus.)
Mas é grande e clara
Pertence ao seu tempo
- Entrai, irmãos meus! "

Hoje só tenho a agradecer ao Vinicius, por fazer das memórias, não só passado, mas todos os dias. Fazer do agora a eternidade.

 G.F.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Declarando.

"Se o mundo tivesse o contorno dos seus olhos, talvez eu até faria menção de que ele sim é infinito.
E se eu não pensasse tanto quanto eu gostaria de agir em meio ao desespero de um dia estar ao meu alcance.
Se fosse simples, seria tão genuíno... se não me deixasse tantos poréns.
Hoje pensei em algo não tão incomum, mas as frases mais clichês começaram a fazer sentido pra mim.
E não que eu estivesse sentindo algo diferente do que as palavras pudessem dizer e eu me negasse a acreditar.
Eu fiz de cada palavra minha aliada para estar aqui, deixando fujir de meus pensamentos mais restritos, as únicas coisas que tem me passado durante esse tempo.
Se o coração entendesse tamanha aflição, não ficaria mandando mensagens irregulares para todos os pontos vitais do meu corpo, mas talvez seja até mais saudável.
Eu não tenho motivos para te dizer o que nem eu mesmo reconheci como algo, mas também não tenho motivos para não te dizer em forma de avisos...
E se com você for diferente? Eu me sentiria como? Por favor, não responda. Sua resposta pode me desencorajar de dizer o que me recuso e contradigo a todo instante.
A verdade é que ainda não sei, desconfio, mas não sei.
Amor?
Acho que é bem mais que isso. "
( Carta não enviada a Sra. Fair)


Ainda estou descobrindo o que é, então... Por hoje, por fim.

G.F.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Chegando ao ponto.

E se você fosse único?

Que pergunta patética. Sem fundamento. Somos únicos oras.

 Sério isso?

É claro que é sério. Somos todos diferenciados, ao começar por nossa aparência, somos diferentes em cor, tamanho, medidas, formatos. Possibilidade de existir semelhança ? Sim, mas nada que defina em igualdade.

Eu não sei... Ainda tenho minhas dúvidas dessa tal diferenciação.Pode até ser que em aparencia sejamos dessa forma, mas será que somos diferentes por completo? Somos diferentes, mas não em tudo!

Aonde que chegar? A diferença não esta somente na aparência, ela esta centralizada no centro de nossas almas. Quer outra explicação? Meu pensamento nessa teoria esta indo ao oposto do seu, logo não estamos pensando igual, e se não estamos pensando da mesma maneira, logo somos diferentes por isso.

Bem, bem... Não tinha visto dessa forma. E isso me esclarece bastante sobre a tal diferença, realmente não pensamos em igualdade, mas ainda assim, continuo a acreditar que somos iguais. Somos adeptos a fatos em comum e buscamos o tempo inteiro isso, sentindo uma grande frustração quando o proposito não vai de encontro com o idealizado. A diferença é só um disfarce para encobrir os anseios pela desejada democratização dos ideais. Quando gostamos da mesma música, ou da mesma cor. Isso só comprova o quanto confusamento somos iguais.

Buscamos ser iguais, é o que quer dizer, certo? Ah, a humanidade e sua luta incessante pela contradição. Acredita se que desde os primordios vivemos em busca de algo, algo que individualmente possa dar sentido ao que se é em si.  Viver... Com o tempo, foram criando traços para serem seguidos, para trilhar um fundamento a essa busca sem fim. Seguimos então a uma sociedade que desconhece de si próprio para convencer que conhece tudo e todos. Trazendo a você não mais a duvida, mas a certeza de que pertence ao que lhe foi confiabilizado, você pobre instrumento de progresso, não entende que está beirando ao tão e estipulado "padrão", vida, pensamento, modos...

Ora, vamos! Está dizendo o que? Que sou padronizado? Que vivo para ser usado?

Não encare de forma tão negativa, afinal não é sua culpa ter sido levado a isso. Somos frutos de tudo isso, mas só a nós cabe o direito de escolher. Agora, por fim, consigo compreender o que impede de ver a diferença que existi em você. A todo instante lhe oferecem quem ser, lhe mostram como deve ser, dessa forma o que você é, passa a ser mas que uma pedra bruta, meramente modificável para ser aceita. Lapidada em um formato igual. Igual a outras pedras brutas que como você precisam ser aceitas. Ser igual não lhe impede de viver, só facilita o que encontrará em sua caminhada, mas não lhe mostrará o que de fato você deveria descobrir, o essencial. E este vai de encontro com o seu diferencial, com as coisas minimas que retrocedem seu padrão, que aguçam seus instintos e questionam o que lhe é imposto. O seu diferencial é sua alma, seu inicio, seu centro de equilíbrio, estabilidade, seu diferencial é a chave mestre para se descobrir. Ainda que diga que não entende e que seremos sempre iguais, eu lhe reforço: Os cegos em padrões são os que enchergam a verdadeira felicidade.

Sou a maldita pedra bruta. Me sinto tão usado nesse momento, que gostaria de renascer!

Ainda bem. Renascer agora é a grande chance e viver é questão de diferença.


Me confiei a missão de levar a minha diferença em questão e não mais me comparar com o que citam ser apropriado pra mim. :}

G.F.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

2:00 am



São 2:00 a.m. de uma noite não dormida e sonhar não custaria tanto se os olhos não estivessem tão devastados.

As vezes se torna lento o processo de esquecimento e ajudar a aumentar o sofrimento, mas as vezes... As vezes é tão rápido que se torna um borrão, uma marca quase inexistente de algo talvez mal superado.
Não se tem como deixar o mundo para trás, nem como lutar com ele por algo que não é pra sempre.

Finjir acreditar nisso só torna mais doce, o que na verdade não tem gosto algum.

E por credibilidade ao acaso vim atrás de você, porque sei que você jamais se deixou pra trás porque voce está à frente demais do que eu temi.

Da pra compreender como tudo se torna mais incrivel a partir do momento que se tem algum propósito? Talvez estar acordado já faça parte do sonho.
G.F.